quarta-feira, 27 de março de 2013

Parte 1 - À dois anos...

À cerca de dois anos a nossa já caótica vida, mas que agora pensando bem até era calma, sofreu muitas mudanças.
 
Apesar de o G. ter sido planeado e termos decidido que estava na altura de termos o segundo filho, porque o H. já tinha doze anos e nós não estamos a ir para novos, e numa brincadeira começamos a falar sobre isso, achamos que estava na hora.
 
Mas hoje pensando bem e friamente, afinal não planeamos nada, não estavamos preparados para a azáfama que é ter um bebé em casa e um adolescente na chamada fase da "estupidez". Nem sonhavamos o que nos esperava...
 
E além da correria normal que é ter dois filhos, entre levá-los à escola e infantário, actividades, consultas médicas e compras e mais compras e planear uma série infinita de coisas, ainda tivemos dois anos muito complicados. Em retrospectiva, acho que nos aconteceu de tudo:
 
- Março de 2011: fiquei grávida. O que aconteceu muito rápido porque mal deixei de tomar a pilula fiquei logo no primeiro mês. Pensamos que iamos andar uns meses nos treinos, mas não, foi tiro e queda.
 
- Julho de 2011: geralmente costumamos tirar férias na última quinzena e este ano como eu estava grávida e no final do ano iria para casa, pediram-me para marcar 3 semanas e eu concordei, apesar de o meu marido só poder tirar as 2 semanas de Julho. Precisavamos muito mas nesse ano não fomos de férias para lado nenhum, ficamos por casa e tinhamos planeado fazer montes de coisas, mas acreditem, não se faz nem descansa nem metade do que queremos. Afinal acabei por ficar ainda mais uma semana porque é uma altura morta no escritório e pela primeira vez na minha vida tive um mês inteirinho de férias. Até foi bom porque aproveitei para tratar da casa e preparar a chegada do G. com calma e deixar só os últimos pormenores para os últimos meses.
 
- Setembro de 2011: tive de ir para casa com baixa por gravidez de risco. Eu bem tentei me aguentar até ao final da gravidez, mas mais ou menos por volta do final de Agosto, comecei a sentir uma dor forte que começava nas costas e acabava por baixo do peito. A médica achou que podia ser algum tendão mas não podia fazer nenhum exame por causa do baby, por isso tinha de tentar não fazer esforços e aguentar. Mas as dores pioraram e já só passava se estivesse deitada. Houve um dia em que já não aguentava mais e fui à médica que me mandou imediatamente para casa e repouso absoluto.
Para ajudar à festa o H. aleijou-se a jogar à bola, mais uma vez, porque já tinha andado uma vez de muletas, e desta vez para além das muletas teve de pôr uma tala no joelho. Conclusão: Mãe e Filho imobilizados e Pai em desespero. Foram 3 semanas complicadas a fazer as coisas em casa às prestações e a tentar apoiar o H. sem me esforçar demasiado. Quando ele finalmente tirou a tala e as muletas já pôde dar uma ajuda em casa e as coisas acalmaram um bocadinho, ma é frustante ver as coisas por fazer e resolver e eu não me poder mexer, coisas para comprar de última hora para o G. e para mim e não o poder fazer dava-me cabo dos nervos e não, não foram 2 meses nada fáceis, nem para mim, nem para quem estava à minha volta.
 
continua... 
 

1 comentário:

  1. Filho desejado é filho planeado! Os pormenores são importantes, mas o principal é mesmo o amor. E esse, pelo que já li, está claramente em abundância. Beijinhos!

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